Vida de
Piolho - 1 ª parte
História
retirada do livro: Sete Histórias para Contar
Autora: Adriana Falcão
Ilustrações: Ana Terra
Editora: Salamandra
Autora: Adriana Falcão
Ilustrações: Ana Terra
Editora: Salamandra
Era um piolho chamado Godofredo que gostava de
filosofia. Ele vivia pensando nos dias, pensando nas coisas, pensando na vida.
Pensava se valia a pena ser piolho, se fazia sentido morder os outros ou não.
Morder ou não morder, eis a questão.
Godofredo era um piolho muito cabeça.
Ele ia pulando de criança em criança no pátio da
escola e cada noite dormia numa cabeça, num travesseiro, numa cama, numa casa
diferente.
Godofredo gostava daquela vida animada, ora aqui,
ora ali, e tinha juízos bem claro a respeito das pessoas. Pra ele, elas eram
como palito de picolé, como coluna de prédio, como perna de cadeira. Pessoas
eram só partes de baixo que serviam pra apoiar as melhores partes, que ficavam
em cima. E o mais incrível é que as partes de cima pensavam. E cada parte de
cima, apoiada na de baixo, pensava de um jeito diferente.
Após procurarmos por Godofredo pela sala , finalizamos a história :
Após procurarmos por Godofredo pela sala , finalizamos a história :
Vida de
Piolho - 2ª parte
Godofredo
ouvia várias histórias por onde passava e aprendia tudo muito rápido. Até que
um dia, depois de muito pensar, chegou a uma conclusão: "Mas esta vida de
morder a cabeça das pessoas não me dá outra opção!" E resolveu viver uma
vida diferente.
Uma vida
de pessoa.
Acontece
que Godofredo só tinha a parte de cima. Pra viver uma vida de pessoa, ele ia
precisar de uma parte de baixo. E começou a procurar uma parte de baixo que
combinasse com ele.
Alfinete?
Não. Alfinete fura.
Palito de
fósforo? Queima.
Bola de
gude? Ele ia ficar muito gordo e podia até rolar ladeira abaixo.
Só depois
de procurar uma boa parte de baixo pelos quatro cantos do mundo, Godofredo
descobriu que a melhor parte de baixo era a que ele já tinha. A cabeça das
pessoas.
A partir
de então, passou a ver as pessoas como elas são: cabeça, corpo, membros e
piolho.
E ficou
muito orgulhoso dele próprio.
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Patrícia