domingo, 8 de agosto de 2010

“Valorizar a maneira de agir, pensar, sentir de um povo, através de suas tradições culturais.”

Você sabe o que Folclore?
É o conjunto de manifestações populares de um determinado povo, ou seja, são aqueles elementos artísticos e culturais caracterizados por uma tradição passada de geração em geração através de representações práticas. Isso quer dizer que podem ser aprendidos tanto em escolas, desde a infância, quanto em casa, através da transmissão de experiência entre pais e filhos.

Os sonhos do Saci.- Elias José
Saci pererê
Saracoteia na mata.
Saci sererê
Assusta, não mata.

Saci sirigaita
Solitário e sabichão.
Saci pega a gaita
E toca uma canção.

Saci no sonho
É mais risonho.
Saci no sonho
É mais moleque.

Saci na selva
Salta e samba só.
Saci na relva
Sonha, sonha que dá dó.
Saci no sítio
Só faz sururu.
Saci no sonho
Só dança o cururu.

Saci no sonho
É mais serelepe.

Com quem sonha o saci?
Saci, com que será?

Saci sonha com duas pernas,
Saltando de lá para cá.
Bicho-Papão
Monstro dos contos infantis, que assusta e vem comer as crianças. Apenas as crianças conseguem ver seu corpo peludo e os olhos vermelho-fogo.O Bicho-Papão parece ter outros parentes bem próximos. A Cabra-Cabriola é outro monstro de contos populares brasileiros. Tem dentes enormes e solta fogo pelos olhos, pela boca e pelo nariz. Mete medo nas crianças e não deixa que eles cometam travessuras. No folclore de João Pessoa, existe também o Mingusoto, um fantasma que amedronta as crianças.

Boitatá
Gigantesca cobra-de-fogo que protege os campos contra os que o incendeiam. Vive na água e pode se transformar em uma tora em brasa, queimando quem põe fogo na mata. Segundo a lenda, ela é a alma penada de um menino pagão ou de pessoas que cometeram incesto.
Boto
Mamífero aquático da Amazônia que se transforma em um rapaz bonito, hábil dançarino, que conquista as mulheres para levá-las ao rio. A lenda é pretexto para as moças justificarem a gravidez fora do casamento; elas dizem que ficaram grávidas do boto.
Alma Penada
Alma de pessoa morta que continua vagando na terra. Geralmente, essa pessoa cometeu algum crime hediondo e sua alma está pagando por isso. Existe uma variação conhecida como Angoera,
alma de uma pessoa muito ruim, que não foi para o outro mundo. Ficou morando em ruínas e sai para assombrar e assaltar os viajantes.
Bruxa
No folclore goiano, a bruxa é a última das 7 filhas de um casal que não foi batizada pela irmã mais velha. Ela se transforma em coruja e, à noite, entra pelo telhado e pelas janelas para atacar as crianças. Bebe pinga e pia forte
ADIVINHAS

Deixo a festa bonita
O vento faz balançar
Sou de cores variadas
Você vai me colar.
♥R:
Feito de palha
Na cabeça eu fico
Protejo do sol e da chuva
Deixo o caipira bonito.
♥R:
No fogo pula, pula
Até ficar branquinha!
Salgadinha e quentinha
É muito gostosinha!
♥R:

Gostoso e cheiroso
Moreninho eu sou
Com amendoim e açúcar
Prontinho estou!
♥R:

PROVERBIOS

Ditado, como o próprio nome diz, é a expressão que através dos anos se mantém imutável, aplicando exemplos morais, filosóficos e religiosos

.: Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
.: A união faz a força.
.: A ocasião faz o ladrão.
.: As aparências enganam.
.: Cada macaco no seu galho.
.: Cão que ladra não morde.
.: Casa de Ferreiro, espeto de pau
.: De grão em grão a galinha enche o papo.
.: De noite todos os gatos são pardos.
.: Depois da tempestade vem a bonança.
.: Desgraça pouca é bobagem.
.: Em briga de marido e mulher não se mete a colher.
.: Em boca fechada não entra mosca.
.: Em terra de cego quem tem um olho é rei.
.: Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas.
.:Quem não chora não mama.
.: Quem tem boca vai a Roma.
.: Quem vê cara não vê coração


CRENDICES POPULAR

As crendices populares são, geralmente, como o próprio nome já diz, costumes e crenças que as pessoas aprendem de geração em geração. Confira abaixo as mais conhecidas pela sabedoria popular.

Agosto é mês de desgosto.
Jogar sal no fogo espanta o azar.
Quer for pulado não cresce mais.
O número 7 é o número da mentira.
Cruzar com gato preto na rua dá azar.
Mulher que tem o segundo dedo maior que o primeiro, manda no marido.
Cabelo cortado em sexta-feira santa não cresce mais.
Apontar e contar estrelas no céu faz nascer verruga na ponta dos dedos.
Vassoura de ponta cabeça atrás da porta, espanta visitas.
Quem passa debaixo do arco-íris vira mula-sem-cabeça.
O número 13 é símbolo de azar.
Quebrar espelhos dá 7 anos de azar.
Colocar a bolsa no chão faz o dinheiro acabar.
Se a nossa orelha direita coça, estão falando bem de nós, se é à esquerda estão falando mal.
Coceira na palma da mão direita é dinheiro que vamos receber, na esquerda é carta a chegar.

TRAVA-LINGUAS

O que sãoPodemos definir os trava línguas como frases folclóricas criadas pelo povo com objetivo lúdico (brincadeira). Apresentam-se como um desafio de pronúncia, ou seja, uma pessoa passa uma frase difícil para um outro indíviduo falar. Estas frases tornam-se difíceis, pois possuem muitas sílabas parecidas (exigem movimentos repetidos da língua) e devem ser faladas rapidamente. Este trava línguas já fazem parte do folclore brasileiro, porém estão presentes mais nas regiões do interior brasileiro.

A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.
Bote a bota no bote e tire o pote do bote
Casa suja,,chão sujo.
Pinga a pipa Dentro do prato Pia o pinto e mia o gato.
O rato roeu a roupa do rei de Roma
Chega de cheiro de cera suja
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Fala, arara loura. A arara loura falará.

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Patrícia