quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O macaco e o corvo

Trabalho de raciocínio do 6º ano - 601
O Macorvo e o Caco ( Millôr Fernandes)

Andesta na florando um enaco macorme avistorvo um cou com um beço pedalo de quico no beijo.
"Ver comou aqueijo quele ou não me chaco macamo.", vangloriaco o macou-se de sara pigo consi. E berrorvo para o cou: "Oládre compá! Voçá estê bonoje hito! Loso, maravilhindo! Jami o vais tem bão! Nante, brilhio, luzidegro."
Poje que enso, se quisasse canter, sua vém tamboz serela a mais bia de testa a floroda.
Gostari-lo de ouvia, comporvo cadre, per podara dizodo a tundo mer que vocé ê o Rássaros dos Pei".
Caorvo na cantida o cado abico o briu afar de cantim sor melhão cansua.
Naturalmeijo o quente caão no chiu e fente imediatamoi devoraco pelo astado macuto. " Obriqueijo pelo gado!", gritiz o felaco macou.
E a far de provim o mento agradecimeu var lhe delho um consou: Jamie confais em pacos-suxa.

1- " O texto aqui recuperado foi escrito na linguagem do tempo em que os animais falavam ".
Reescreva esse texto traduzindo para a nossa linguagem: o português do brasileiro.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Curso de Formação de Mediadores em Leitura


1ª Aula do curso:
Em busca do sentido na Literatura Infantil
Os girassóis de Van Gogh
Os girassóis que Bebel ganhou de presente me fizeram lembrar, é claro, de Van Gogh que tinha uma fixação pelo amarelo, atribuída a transtorno visual, provocado por ingestão de substância tóxicas presentes em medicamentos da época para epilepsia e acentuada pelo absinto.
A doença tem até nome: Xantopsia, que é perturbação visual caracterizada por todos os objetos observados parecerem amarelados (do grego xanthós, "amarelo" + ópsis "vista) . O grande e atormentado artista holandês pintou a famosa série Sunflowers, quando morou em Arles, sul da França. Na cidade, a casa onde morava era conhecida como a casa amarela. Ele teria pintado os girassóis para enfeitá-la.
A paisagem dos campos de girassóis que ainda envolvem Arles deve ter acentuado a "distorção" visual de Van Gogh que transformou ambientes e objetos cotidianos em quadros só famosos depois que morreu. Pintou o seu quarto em Arles e imaginem a cor predominante! Amarelo, certamente. Pintou também uma cadeira de palha bem amarelada. Mas outra grande cor de Van Gogh é o azul. Fez muitas noites estreladas. Tão estreladas que o céu clareava em azul noturno.

Hora do Conto


O Homem e a galinha dos ovos de ouro

Era uma vez um homem que tinha uma galinha.
Era uma galinha como as outras.
Um dia a galinha botou um ovo de ouro.
O homem ficou contente. Chamou a mulher:
- Olha o ovo que a galinha botou.
A mulher ficou contente: – Vamos ficar ricos!
E a mulher começou a tratar bem da galinha.
Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha.
Dava pão-de-ló, dava até sorvete.
E a galinha todos os dias botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Pra que este luxo todo com a galinha?
Nunca vi galinha comer pão-de-ló…
Muito menos sorvete! Vai que a mulher falou:
- É, mas esta é diferente. Ela bota ovos de ouro!
O marido não quis conversa:
- Acaba com isso, mulher. Galinha come é farelo.
Aí a mulher disse:
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim! – o marido respondeu.
A mulher todos os dias dava farelo à galinha.
E a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão!
A galinha pode muito bem comer milho.
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim. – respondeu o marido.
Aí a mulher começou a dar milho pra galinha.
E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Pra que este luxo de dar milho pra galinha?
Ela que cate o de-comer no quintal!
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim – o marido falou.
E a mulher soltou a galinha no quintal.
Ela catava sozinha a comida dela.
Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Um dia a galinha encontrou o portão aberto.
Foi embora e não voltou mais.
Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló.
Ruth Rocha, Enquanto o mundo pega fogo,2. ed.
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1984.p.14-9.
Questões de análise semiótica
Questão 1
Todos os dias a galinha bota um ovo de ouro. Botar ovos é o seu trabalho. O ovo de ouro é o produto do seu trabalho. No entanto ele não pertence a galinha, mas ao dono, que, ao fim de um certo período, estará rico. Qual o tema que se pode extrair dessas figuras?
Questão 2
Em troca do ovo de ouro (produto de seu trabalho), a dona dá sucessivamente a galinha: mingau, pão-de-ló e sorvete, farelo, milho. No final, não lhe dá nada. A galinha tem de catar o de comer no quintal. O que significa as figuras mingau, pão-de-ló, etc., considerando que elas constituem o que se recebe para produzir ovos de ouro?
Questão 3
As figuras mingau, sorvete, etc., mostram que a retribuição à galinha é cada vez menor, enquanto o fruto de seu trabalho permanece constante (todos os dias bota um ovo de ouro). Como gasta cada vez menos com a galinha, o homem vai ficar mais rico. Qual o tema que aparece sob essas figuras?
Questão 4
A Galinha foi embora porque quase não lhe davam nada em troca do que produzia. Dizem que está numa casa onde a tratam a pão-de-ló. Essas figuras recobrem que sentido mais abstrato?
Questão 5
A mulher estava preocupada com o bem-estar da galinha quando a tratava com mingau, sorvete e pão-de-ló? Aponte no texto uma frase que justifica sua resposta.
Questão 6
Se compararmos este texto de Ruth Rocha às fábulas, poderemos transpor para as relações humanas. Que contextualização verifica-se em um terceiro nível de leitura

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Projeto “A evolução da Terra e sua biodiversidade animal

O que você esperaria encontrar em uma viagem ao centro da Terra? Um calor de rachar, com lava vulcânica e vapor por todos os lados? Ou um cenário de sonhos, com direito a florestas de cogumelos gigantes, oceanos imensos e répteis marinhos pré-históricos? Pois esse é o mundo que o escritor Júlio Verne nos mostra em Viagem ao Centro da Terra, clássico da ficção científica que já encantou gerações de leitores e que agora ganha adaptação especial de Lúcia Tulchinski para a garotada. Vamos conferir?
Após, os educandos assistiram ao filme “Viagem ao Centro da Terra” e produzirão maquetes com modelagens dos dinossauros e dos ambientes em que viveram. Destacáramos que haverá a confecção de maquetes para a simulação das erupções vulcânicas e a recriação de um réptil voador: o pterossauro e um túnel simulando uma viagem ao centro da Terra com pesquisas sobre o surgimento da vida na Terra é retratado por meio de um corredor que ilustra as etapas de evolução em nosso planeta, mostrando como a diversidade biológica é recente, um Simulador de Terremotos, o vulcão em miniatura e o quebra-cabeças de placas tectônicas.
A última etapa do projeto será a apresentação dos trabalhos para os pais na Feira dos conhecimentos. O projeto estimulará o pensamento científico, a criatividade e a capacidade dos alunos de manejar situações reais, o que facilitará o processo de ensino-aprendizagem dos mesmos.

sábado, 13 de novembro de 2010

N a Educação não há cor :Dia da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.Por isso estaremos trabalhando vas aulas de produção de textos : Na Educação não há Cor
Objetivos:
• Mostrar que existe um racismo velado no Brasil e que a imagem dos negros nos livros, revistas e jornais ainda é inferiorizada perante o branco.
• Aumentar a auto-estima dos alunos afrodescendentes.
• Despertar a sala de aula para a diversidade da raça humana e promover o respeito pelas diversas etnias.
Desenvolvimento:
• Confecção de desenhos sobre a história da hora do conto : Menina bonita do laço de fita e a Música “Beleza pura”, da banda Skank).
• Leitura e interpretação de textos informativos.
• Produção de texto.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Projeto: Meio Ambiente - Ecologia e Animais em Extinção

O Projeto abordará a temática ambiental e conseqüentemente a preservação da natureza e conscientização dos animais em extinção. A proposta principal é promover palestras e atividades para enfocar temas específicos que merecem uma profunda reflexão individual e coletiva através de poemas, reflexões, imagens, canções, criando na feira doa conhecimentos um mural ecológico. etc.

Projeto : Pense Leve ,Teen,Teen,Saúde

A obesidade na adolescência é um drama silencioso, que afeta a vida de toda a família. Fernanda se sente rejeitada por ser obesa, mas tenta melhorar sua qualidade de vida com dieta e exercícios.
Este video remete-nos para um problema que hoje em dia afeta cada vez mais a nossa sociedade. Por isso, decidimos colocar a sua disposição um filme que aborda as consequências, como podem melhorar, entre outras...Basta queremos !

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Hora do Conto

Era uma vez uma menina linda, linda. Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros. A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva. Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas. Ela ficava parecendo uma princesa das terras da áfrica, ou uma fada do Reino do Luar. E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida. E pensava: - Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela... Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou: - Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha? A menina não sabia, mas inventou: ­- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina... O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela. Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez. Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha? A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina. O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto. - Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha? A menina não sabia, mas inventou:
­- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina. O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto. Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha? A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha... Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos. E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar. Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça. Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado. E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha? E ela respondia: - Conselhos da mãe da minha madrinha... de Ana Maria Machado, livro.